Sobre a vida (este mistério), gosto sempre de lembrar as sábias palavras do Poeta Fernando Pessoa “Navegar é preciso, viver não é preciso”. No passado, Fernando me assustava com sua celebre recomendação. Eu, menino demais, não o entendia. Segui a viver. E a vida passando. Passou! Porque a vida passa. Sempre passa. E assim, quando olhei os planos que um dia tracei e vi os de longe, distante demais. Comecei a entender aquele recado, sobre a vida. Não basta existir. Que graça tem sentar-se à beira do caminho, vendo tudo passar? Talvez a esperar que algo aconteça – como nos alerta a canção de Roberto e Erasmo Carlos. Penso que a vida ganhe sentido nos sonhos. Quando ‘quebrando as correntes’ o homem move-se para atingir seus objetivos. E mais que nos sonhos, no amor. Porque, verdadeiramente, é o amor o que há de mais belo na existência humana. Quem ama não deixa a vida passar, assim: atoa. Diz que ama. Deve dizer mesmo. Sabe perdoar. Perdoa. Segue em frente. Caminha junto. É feliz, até sem saber que é feliz. Faz da vida o paraíso. A vida é bela e navegar é preciso.
Todas as sextas-feiras teremos o Artigo de Opinião do poeta e escritor da cidade de Alagoinha do Piauí, Samuel Nascimento.
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