O ex-presidente do BNDES Paulo Rabello de Castro(PSC) será o vice do pré-candidato do Podemos à Presidência, Álvaro Dias. O acordo foi fechado, na tarde desta quarta-feira, em reunião entre o senador, o economista e dirigentes dos dois partidos. Com poucos segundos de propaganda na TV e no rádio, o objetivo do senador é formar uma coligação com partidos nanicos para conseguir pelo menos 1 minuto de espaço no horário eleitoral. Além do PSC, Dias também obteve o apoio do PRP nesta quarta.
O economista de 69 anos deixou o comando do BNDES em março para concorrer ao Planalto. Há duas semanas, o PSC realizou sua convenção nacional e aprovou o nome de Paulo Rabello. Nas últimas pesquisas eleitorais, no entanto, ele não chegou a somar 1% das intenções de voto, o que influenciou o partido a tomar a decisão de formar uma aliança com Alvaro Dias, que soma 4% nas pesquisas.
Segundo Alvaro Dias, Paulo Rabello vai assumir agora a coordenação do seu programa de governo.
Ele trouxe propostas que já estavam nos nossos planos. Vai colaborar enormemente, especialmente na economia — disse Dias.
A aliança com PSC e PRP garante a Alvaro Dias 36 segundos de propaganda na TV e no rádio. É o mesmo tempo de Ciro Gomes (PDT). O senador é o segundo presidenciável que consegue fechar a indicação para vice. Antes dele, apenas Guilherme Boulos (PSOL) havia anunciado um nome para o mesmo posto em sua chapa: Sônia Guajajara, do mesmo partido dele.
A candidatura de Alvaro Dias é um incômodo para o PSDB. Líderes tucanos apontam o senador do Paraná como um problema para Geraldo Alckmin no Sul do país. Pelas pesquisas, é na região que o pré-candidato do Podemos tem mais votos proporcionalmente. Aliados de Alckmin dizem que Dias também tem a simpatia de parte dos eleitores do ex-governador tucano em São Paulo. O senador foi sondado por dirigentes do PSDB sobre a possibilidade de se coligar a Alckmin, mas as conversas não avançaram.
Na breve entrevista que deram depois do anúncio, Dias e Rabello repetiram a expressão “refundar o Brasil”, que deve ser o mote da campanha da dupla. Os dois fizeram críticas genéricas ao atual cenário político do país e também acenaram ao eleitorado religioso, pedindo “fé em Deus e na vida”.
Fonte: O Globo
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