O pré-candidato do União Brasil ao governo do Estado, Silvio Mendes, afirmou nesta sexta-feira (25) que não vai subir no palanque do presidente Jair Bolsonaro (PL) no Piauí, na corrida eleitoral de 2022. Silvio já adiantou que não vai estar presente na visita presidencial do próximo dia 30 de março, em Baixa Grande do Ribeiro, cerrado piauiense.
Mesmo com apoio direto do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (Progressistas) ,que será um dos coordenadores da campanha a reeleição de Bolsonaro, Silvio Mendes voltou a destacar que não vai estar na campanha a nível nacional e que vai focar suas atividades nas pautas do Piauí.
“Não vou [subir no palanque]. Eu não faço qualquer coisa. Eu tenho muitos princípios. Quando eu estava no PSDB, até semana passada, eu disse para o candidato do meu partido, Dória, que não o acompanharia. Então, eu não vou me afastar dos meus princípios, das minhas crenças. O meu tempo, a minha dedicação vai ser ao estado do Piauí”, disse.
Sobre a disputa presidencial, Silvio Mendes defendeu a necessidade de um nome com o perfil capaz de pacificar o país. “O meu sonho é que aparecesse um estadista, um homem grande, que pacificasse o país. Eu não vejo isso”, ressaltou.
Em entrevista ao Notícia da Manhã, Silvio Mendes também afirmou que Washington Bonfim, pré-candidato do Cidadania, cabe no seu palanque nas eleições do próximo mês de outubro. Os dois travam uma disputa pelo apoio da federação PSDB-Cidadania na corrida pelo Palácio de Karnak.
Silvio Mendes fez elogios a Bonfim, mas ressaltou que os dois seguiram caminhos diferentes na vida política nos últimos anos.
“Quem levou o Washington Bonfim para a gestão pública foi eu, quando fui eleito em 2004. Ele é um grande valor, tem um grande quadro. Naturalmente, ele tem os caminhos que ele acha que deve seguir. Tivemos esse distanciamento”, destacou Silvio Mendes, sem deixar claro se vai buscar um entendimento para pacificar a situação.
Silvio também afirmou que o apoio da federação PSDB-Cidadania, declarado pelo presidente nacional, Bruno Araújo, foi um dos fatores que pesaram para sua decisão de se filiar ao União Brasil. “Mais importante para mim do que a filiação ao União Brasil, foi o apoio que recebi do PSDB”, disse.
O pré-candidato do União Brasil também justificou o motivo de ter deixado o PSDB. “O PSDB no Piauí ficou muito restrito a Teresina, provavelmente por nunca ter sido governo do Estado. todos os partidos que governaram o estado cresceram. O PSDB encolheu mais ainda agora, perdendo a eleição passada. Eu tinha quatro alternativas de partidos e precisava pensar muito bem. é preciso pensar bem antes de tomar uma decisão”, explicou.
Natanael Souza/Cidade Verde
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