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Senador piauiense Ciro Nogueira aparece como potencial candidato à Presidência do Senado Federal

Após Petrônio Portela, há 40 anos, um piauiense tem grande possibilidade de voltar a presidir o Senado Federal. A bola da vez pode ser Ciro Nogueira, presidente nacional do PP, que é apontado como um dos potenciais candidatos ao comando da Casa. A eleição só ocorre no início da próxima legislatura, em fevereiro, mas o senador piauiense já aparece numa lista de pré-candidatos, que inclui, ainda, Renan Calheiros (MDB/AL), Tasso Jereissati (PSDB/CE), Cid Gomes (PDT/CE) e Simone Tebet (MDB/MS). Dos cinco, quatro são do Nordeste. E isso não é uma novidade. Nas últimas quatro décadas, o favoritismo na disputa pela Presidência do Senado costuma soprar a favor dos parlamentares de nossa região.

O horizonte mostra-se favorável às pretensões de Ciro Nogueira. Mas, não só pela sua condição de nordestino. O senador piauiense transita muito bem nos bastidores, preside o partido com a terceira maior bancada da Câmara e que representa a principal força do “Centrão”, bloco parlamentar que deve se manter na base governista em 2019, independente de quem seja o próximo presidente da República. “Ainda está cedo para uma definição sobres nomes. Mas posso adiantar que só aceito disputar a Presidência do Senado como um candidato de consenso.  Não quero ser um candidato de mim mesmo”, avisa o parlamentar piauiense.

No caso de vitória de Fernando Haddad (PT) – o que parece pouco provável, conforme as últimas pesquisas de intenção de voto -, Renan Calheiros impõem-se, na avaliação de Ciro Nogueira, como o nome mais forte na disputa pelo comando do Senado. Por outro lado, se a vitória de Jair Bolsonaro (PSL) for confirmada, a disputa pela Presidência da chamada Câmara Alta do Congresso Nacional fica mais aberta. “Neste cenário, não tem um nome que desponte como favorito”, diz. Para o senador piauiense, no entanto, a definição dos candidatos só deve mesmo acontecer após o segundo turno das eleições, no dia 28 deste mês. “Mas meu nome está à disposição”.

Muita água ainda vai rolar até a eleição da nova mesa diretora do Senado. Até lá, Ciro Nogueira tem amplas possibilidades de se viabilizar como presidente da Casa. Se isso acontecer, ele vai se juntar a uma galeria de 11 nordestinos que comandaram o Senado nas últimas quatro décadas. A lista inclui os baianos Luís Viana Filho (1979/1980) e Antônio Carlos Magalhães (1997/1999 e 1999/2001); o pernambucano Nilo Coelho (1983); o paraibano Humberto Lucena (1987/1989 e 1993/1995); os maranhenses José Sarney (1995/1997) – como representante do Amapá – e Edison Lobão (2001); o alagoano Renan Calheiros (2005/2007, 2013/2015 e 2015/2017); o norteriograndense Garibaldi Alves Filho (2007/2009); e os cearenses Mauro Benevides (1991/1993) e Eunício Oliveira, sendo este o atual presidente da Casa. A galeria de nordestinos fica completa com o nome de Petrônio Portela, que presidiu o Senado em duas ocasiões (1971/1973 e 1977/1979).

A força do Nordeste no Senado não é por acaso: a reúne 27 dos 81 membros da Casa ou terço dos parlamentares. Esta força, por exemplo, é três maior do que a representada pela região Sul, que conta com apenas nove senadores.

Cidade Verde 

Luis Alberto

Editor geral do Portal NPM, formado em Técnico em Segurança do Trabalho pela escola Metropolitana de Cursos Técnicos. Possui ainda licenciatura em Educação Física e é estudante de bacharelado em Ciências Políticas, ambos pela UNOPAR.

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