Apesar do discurso de que Jair Bolsonaro (PSL) se manterá fora das disputas pelos comandos no Congresso, o entorno do presidente eleito começa a trabalhar para fazer Davi Alcolumbre (DEM-AP) presidente do Senado. Cogitou-se escalar um dos quatro recém-eleitos do PSL para concorrer à cadeira. Porém, avaliou-se haver a necessidade de ser alguém conhecido pela Casa e com experiência para fazer frente a Renan Calheiros (MDB-AL). A ideia de lançar um nome do DEM foi avalizada pelo futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS).
Como se não bastasse. Se o movimento se firmar, será mais uma pedra no sapato de Rodrigo Maia (DEM-RJ), que quer se reeleger presidente da Câmara, mas já enfrenta a ciumeira de outros partidos, ainda sem ministério na Esplanada de Bolsonaro.
Contando votos. A eventual candidatura de Alcolumbre ainda tem pouca adesão de colegas. Diferentemente da Câmara, onde o PSL tem 10% dos 513 deputados, no Senado, a sigla conta com 4% dos 81 senadores.
Tem chance. A avaliação é de que o democrata pode ganhar força a depender da disposição de Bolsonaro de trabalhar a favor dele e contra Renan Calheiros.
Tô fora. Possível candidato da oposição no Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE) enfrenta contratempos com a debandada tucana no Ceará. Candidato derrotado ao governo do Estado, o general Theophilo pediu desfiliação do PSDB.
Não conte comigo. Na mesma reunião, o presidente do PSDB no Ceará, Francini Guedes, avisou que renuncia ao posto alegando problemas de saúde. Assume o bastão Raimundo Matos, que não quer fazer oposição a Bolsonaro.
Fonte: Estadão
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