O Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu que pais e mães de funcionários dos Correios devem ser retirados do plano de saúde e os dias de greve serão descontados do contracheque dos servidores. A Corte decidiu também que o salário dos trabalhadores deve ser reajustado em 3%, que é o percentual relativo à inflação do período.
“Não era o esperado. A gente tinha perspectiva de que seria uma decisão melhor, principalmente no que diz respeito ao plano de saúde. Cerca de 40 mil trabalhadores têm o plano e agora terão que retirar seus pais e suas mães. Isso é uma perda significativa”, declarou o presidente do Sindicato dos Correios no Piauí, Edilson Rodrigues Santos, à Coluna Economia & Negócios do Cidadeverde.com.
A permanência de pais e mães no plano de saúde era a principal divergência entre empresa e trabalhadores. Segundo os Correios, a manutenção dos genitores no plano de saúde da empresa custa cerca de R$ 500 milhões por ano.
O relator do processo, ministro Maurício Godinho Delgado, propôs a manutenção dos pais no plano, mas seu voto foi derrotado.
No entanto, segundo a decisão, pais e mães que estiverem em tratamento continuado, com sessões já marcadas, seguem cobertos pelo plano.
Desconto
Quanto ao desconto pelos dias de greve, o presidente do sindicato disse que já esperava essa decisão.
“Esse desconto deixa um certo temor entre a categoria, mas pelo menos ele será baseado na Lei de Greve, serão descontados cinco dias de forma parcelada, nos meses de outubro, novembro e dezembro”, explica Edilson Rodrigues.
O sindicalista considera que, apesar do teor da decisão não ter sido favorável aos trabalhadores como se imaginava, o dissídio foi favorável porque manteve as demais cláusulas sociais por dois anos, como o ticket alimentação e o vale cultura.
Fonte: Cidade Verde
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