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Artigo da Semana: Epitáfio – Por Samuel Nascimento

O termo do grego antigo Epitáfios “sobre a tumba” são frases escritas sobre túmulos e mausoléus para homenagear pessoas ali sepultadas. Na língua portuguesa, associamos epitáfio àquilo que acontece depois da morte. Não, depois da vida. Tarde demais. O compositor carioca, Sérgio Britto, em “Epitáfio”, famosa interpretação da banda de rock “Titãs”, através do uso de verbos no futuro do pretérito, como ‘devia’ e ‘queria’, exprimindo a ideia de uma ação futura em relação à outra já concluída, nos instiga a refletir sobre nossas relações existências. Com o ‘eu’. Com as pessoas. Necessária meditação. Para a maturidade humana. Vivemos dias carentes de elogios. Flores. Abraços. Por que não demonstrar os bons sentimentos? Hoje. Enquanto há vida. Efetivamente, pequenas atitudes de carinho e verdade podem mudar o dia de alguém. Por que guardá-las para depois? Quando tudo será distante. Vazio. Sem brilho no olhar e possível reciprocidade. Devemos pensar.
Quanto a mim, sigo dispensando as flores pós a morte. Parafraseando a escritora Eva Graça Brito (Alagoinha-PI): “Quem gostar de mim/ quiser me ver, me fazer feliz/ e tiver o sincero desejo de compartilhar algo comigo/ que demonstre seus sentimentos/ agora e futuramente, tão somente/ enquanto eu puder ouvir e sentir…”. Simples assim.

Samuel Nascimento
Escritor e Bacharel em Administração

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