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Apresentador Larry King morre aos 87 anos após contrair covid-19

O apresentador americano Larry King morreu aos 87 anos na manhã deste sábado, 23, em Los Angeles, no hospital Cedar-Sinai. Conhecido pelo programa de entrevistas Larry King Live, do qual esteve à frente por 25 anos, ele foi internado no dia 2 de janeiro para tratar a covid-19, segundo a imprensa norte-americana. Ele havia operado de um câncer do pulmão em 2017 e tinha diabete tipo 2. O anúncio, no entanto, não especifica a causa da morte.

A morte foi confirmada em seu perfil oficial no Twitter. “Durante 63 anos e por meio de diferentes plataformas de rádio, televisão e mídias digitais, as milhares de entrevistas, premiações e aclamação global atestam o talento único e duradouro de Larry como comunicador”, diz o texto divulgado na rede.

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Um dos apresentadores mais icônicos da televisão americana, King é conhecido pelas entrevistas com políticos e celebridades. “Seja em uma entrevista com um presidente americano, um líder estrangeiro, uma celebridade, um personagem marcado por um escândalo ou um cidadão comum, Larry gostava de fazer perguntas curtas, diretas e descomplicadas. Ele acreditava que perguntas concisas geralmente traziam as melhores respostas, e ele não estava errado em acreditar nisso”, inclui o texto divulgado em seu perfil.

Mesmo em seu apogeu, os críticos acusaram King de fazer pouca pesquisa pré-entrevista e lançar perguntas aos convidados que eram livres para dar respostas incontestáveis ??e de autopromoção. Ele respondeu admitindo que não fez muita pesquisa para que pudesse aprender com seus espectadores. Além disso, King disse, ele nunca quis ser visto como um jornalista.

“Meu dever, a meu ver, é ser um condutor”, afirmou King ao Hartford Courant em 2007. “Eu faço as melhores perguntas que posso. Eu escuto as respostas. Eu tento acompanhar. E espero que o público chegue a uma conclusão. Não estou lá para fazer uma conclusão. Eu não sou um apresentador de talk-show … Então o que eu tento fazer é apresentar alguém da melhor maneira. ”

O talk-show Larry King Live, que era transmitido pela CNN, foi cancelado em 2010. O apresentador, porém, não deixou de trabalhar e estava à frente dos programas Larry King Now e PoliticKING, exibidos em plataformas de streaming. Em maio de 2019, King sofreu uma apoplexia poucas semanas depois de se submeter a uma operação para implantar um stent, elemento metálico que resolve a obstrução de artérias. Ele também já havia sofrido um ataque do coração em 1987, além de cânceres no pulmão e de próstata.

Nascido Lawrence Harvey Zeiger, em 19 de novembro de 1933, em Nova York, King foi casado oito vezes e deixa três filhos: Larry Jr., Chance e Cannon, além de 9 netos. Em 2020, o apresentador já tinha perdido outros dois filhos com uma diferença de menos de três semanas entre as mortes: Andy, de 65 anos, que sofreu um ataque do coração, e Chaia, de 52, que havia sido diagnosticada com câncer de pulmão. “Perdê-los parece antinatural. Nenhum pai deveria enterrar um filho”, disse o apresentador na ocasião, agradecendo as mensagens de condolências.

Repercussão. Artistas, jornalistas, políticos e outras personalidades lamentaram a morte de King. “Da família CNN à de Larry, nós enviamos nossos pensamentos e orações, e a promessa de levar sua curiosidade para o mundo com o nosso trabalho”, declarou Jeff Zucker, presidente da emissora.

Em suas redes sociais, Oprah Winfrey escreveu que era “sempre um prazer estar em sua bancada e ouvir suas histórias”. “Obrigada, Larry King”, complementou a apresentadora. Outro veterano da televisão americana, o jornalista Dan Rather exaltou King como um “entrevistador e contador de histórias magistral”, um amigo que fez notícias pela “arte do diálogo”. “Quando eu era um jovem DJ matutino, ouvia o programa noturno de Larry King todas as noites a caminho do trabalho. Ele foi um dos grandes e sou feliz por tê-lo conhecido”, declarou, por sua vez, o apresentador Jimmy Kimmel.

Entre as personalidades políticas que se manifestaram, Bill Clinton revelou ter apreciado as mais de 20 entrevistas dadas a King. “Ele tinha um grande senso de humor e um interesse genuíno pelas pessoas”, escreveu o ex-presidente americano no Twitter. Artistas como Céline Dion e Viola Davis também lamentaram a morte do apresentador./ COM AGÊNCIAS

Fonte:  Estadão Conteúdo

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