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Guilherme Boulos lança pré-candidatura ao governo de SP em 2022: ‘Derrotar o tucanistão’

O ex-candidato à presidência da República em 2018 pelo PSOL, Guilherme Boulos, afirmou em entrevista à Folha de S. Paulo que está “disposto a assumir o desafio de disputar o governo de São Paulo em 2022” (Foto: AP Photo/Andre Penner)

  • Ex-candidato à presidência da República pelo PSOL, Guilherme Boulos, afirmou em entrevista à Folha de S. Paulo que está “disposto a assumir o desafio de disputar o governo de São Paulo em 2022”
  • Boulos disse estar animado para acabar com o que chamou de “Tucanistão”, que, segundo ele, é a sucessão de governos tucanos do PSDB no estado paulista
  • O também líder do MTST defendeu a CPI da Pandemia, dizendo que acha “fundamental para apontar crimes de responsabilidade contra Bolsonaro”

ex-candidato à presidência da República em 2018 pelo PSOL, Guilherme Boulos, afirmou em entrevista à Folha de S. Paulo, nesta terça-feira (13), que está “disposto a assumir o desafio de disputar o governo de São Paulo em 2022”.

Boulos, que também disputou o segundo turno das eleições na cidade de São Paulo, disse estar animado para acabar com o que chamou de “Tucanistão”, que, segundo ele, é a sucessão de governos tucanos do PSDB no estado paulista. “Unidade pra derrotar o tucanistão em SP“, escreveu no Instagram.

“Eu devo te confessar que tenho muita disposição de acabar com o Tucanistão. Já deu. Tem um cansaço, um desgaste do PSDB com essa mesmice tucana governando o estado há mais de 30 anos. Uma capitania hereditária com histórico de roubalheira, máfia da merenda, do metrô, do Rodoanel”, disse à Folha.

Segundo o também coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), derrotar o BolsoDoria — slogan lançado pelo então candidato ao governo de SP João Doria em 2018 em alusão à parceria com o então candidato à presidência Jair Bolsonaro — em São Paulo é “muito importante”.

“Muita gente me procurou depois das eleições de 2020, em que a gente teve mais de 2 milhões de votos. Lideranças partidárias, lideranças sociais, colocam esse debate sobre uma candidatura ao governo do estado”, contou.

Ao ser questionado sobre uma pesquisa do Ipespe, divulgada pelo jornal Valor Econômico na semana passada, mostrando que ele aparece com 16% das intenções de voto para o governo de São Paulo, Boulos afirmou que tem visto levantamentos que “nos colocam inclusive em primeiro lugar”.

“Preciso fazer naturalmente esse debate com o meu partido. Mas eu estou disposto a assumir o desafio de disputar o governo de São Paulo em 2022. E construindo uma unidade dos progressistas. Sem unidade é muito difícil derrotar a máquina do PSDB”.

Durante a entrevista, Boulos falou mais de uma vez sobre a unidade do campo progressista para lançar um candidato único contra Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais do próximo ano.

O nome mais forte para disputar a sucessão presidencial, segundo ele, hoje é o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva — Lula já disse que pode se lançar em 2022.

“Não é razoável que numa composição, numa aliança política, tenha um partido que seja a cabeça de chapa em todos os lugares, em nível nacional, em nível estadual. Não é razoável isso”, afirmou.

Genocídio deliberado no Brasil

Para Boulos, o Brasil virou o “cemitério do mundo” e que, diante do governo do presidente Jair Bolsonaro, o país temo um “genocídio deliberado”.

Segundo ele, a situação do país durante a pandemia do coronavírus só não é pior devido ao SUS (Sistema Único de Saúde) e devido aos “freios” colocados a Bolsonaro.

“É devastador a gente ver 4 mil pessoas morrendo por dia, ver colapso na saúde sabendo que a gente só não está pior do que isso por causa do SUS, por causa de milhares de profissionais de saúde se arriscando todos os dias. E por causa dos freios que, de algum modo, algumas instituições estão colocando ao [presidente Jair] Bolsonaro”, disse.

CPI da pandemia no Senado

Boulos defendeu a CPI da Pandemia, dizendo que acha “fundamental para apontar crimes de responsabilidade contra Bolsonaro”, como “ter negado a vacina, ter boicotado medidas de isolamento sanitário”.

“Pode ser o primeiro passo para o impeachment. Não dá para simplesmente esperarmos [a eleição de] 2022”.

Fonte: Yahoo

Luis Alberto

Editor geral do Portal NPM, formado em Técnico em Segurança do Trabalho pela escola Metropolitana de Cursos Técnicos. Possui ainda licenciatura em Educação Física e é estudante de bacharelado em Ciências Políticas, ambos pela UNOPAR.

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