Depois de 15 anos, o Fluminense volta a disputar uma semifinal de Copa Libertadores. Após vencer o jogo de ida das quartas no Maracanã por 2 a 0, o time brasileiro voltou a superar o Olimpia, desta vez por 3 a 1, nesta quinta-feira, no estádio Defensores Del Chaco, em Assunção, no Paraguai, e avançou no placar agregado por 5 a 1.
Cano, duas vezes, e John Kennedy foram os autores dos gols da classificação.
Agora nas semifinais, acontecerá um confronto de brasileiros entre Fluminense e Internacional. Como o time gaúcho teve melhor campanha, o primeiro jogo será no Maracanã, enquanto a volta será realizada no Beira-Rio.
A última vez que o Fluminense disputou as semifinais foi em 2008, quando eliminou o São Paulo. Naquele ano, o time carioca acabou indo para a final, onde acabou com o vice-campeonato, contra a LDU-EQU, nos pênaltis, no Maracanã.
Por coincidência do destino, ou não, este ano a final única será novamente no estádio da capital do Rio.
Diferente do rival Flamengo e como Ganso havia dito na saída do Maracanã, o Fluminense aprendeu com os próprios erros. O time de Fernando Diniz soube neutralizar as jogadas aéreas do Olimpia e esfriar a atmosfera do estádio.
No ataque, contou com uma grande atuação do jovem John Kennedy, que no primeiro semestre esteve emprestado ao Ferroviária, para disputar o Campeonato Paulista.
O atacante de 21 anos participou de dois, dos três gols anotados pelo time carioca.
Assim como na partida contra o Flamengo, o Olimpia foi para cima do time brasileiro, sempre pelo alto. A estratégia era clara, achou espaço, levantou a bola na área. Nessa, os paraguaios cansaram de realizar cruzamentos, que eram afastados por Nino ou Felipe Melo, ou paravam nas mãos de Fábio.
Quando conseguiram a finalização, o goleiro de 41 anos mostrou que está atento e defendeu as cabeçadas de Romaña, enquanto Cano evitou o tento de Gamarra, salvando praticamente em cima da linha.
O Fluminense se fechava e buscava o contra-ataque perfeito. E ele veio aos 23 minutos. Keno deu lindo passe em profundidade para John Kennedy, que encheu o pé para abrir o placar. O jogo seguiu tenso, com o Olimpia dominando o confronto e levantando bolas na área.
Diniz chegou a subir suas linhas para amenizar a pressão. Na reta final, o Olímpia diminuiu, aos 43. Zabala fingiu que ia cruzar, driblou Samuel Xavier e bateu cruzado. A bola desviou no caminho e enganou o goleiro Fábio.
A segunda etapa não poderia começar diferente. Com menos de um minuto, o Olimpia já erguia bola na área do Fluminense e Iván Torres cabeceou por cima, assustando Fábio e os dois mil torcedores presentes no estádio. O time carioca buscava ter mais a posse da bola e escapar nos contra-ataques.
John Kennedy saiu bem na marcação e acionou Cano, que foi puxado por Fernando Cardozo. Como já tinha amarelo, o meia acabou expulso aos 25 minutos.
A superioridade numérica e o desespero do Olimpia, fez sobrar mais espaço para o Fluminense explorar os contragolpes. Novamente com John Kennedy, bancado por Diniz, o atacante entrou na área e carimbou a trave. No rebote, a bola voltou nos joelhos de Cano, que só empurrou para as redes.
Nos acréscimos, ainda deu tempo de Cano, driblar o goleiro e marcar o terceiro, aos 46, para carimbar a vaga do Fluminense comemorada no estádio por cerca de dois mil tricolores.
O Fluminense vira a chave e volta a campo no domingo, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro. Às 16h recebe o Fortaleza, no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda.
Fonte: Estadão Conteúdo
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