A Petrobrás vai desenhando os seus próximos projetos offshore, fazendo novos investimentos em unidades de produção. A empresa deve colocar em atividade mais seis navios-plataformas (FPSOs) neste ano e no próximo. Em paralelo, a companhia também prepara uma nova licitação até o final de 2024 para contratar dez barcos de apoio do tipo OSRV (usado para recuperação de derramamento de óleo no mar).
Ainda em 2024, a petroleira deverá instalar o FPSO Marechal Duque de Caxias no campo de Mero, no pré-sal da Bacia de Santos. A unidade deve chegar ao campo ainda neste semestre e iniciar sua operação até o final do ano, com capacidade para extrair 180 mil barris por dia em seu auge. No ano que vem, será a vez da estreia do FPSO Maria Quitéria (foto), em Jubarte, na bacia de Campos. Como já noticiamos, a embarcação deixou a China recentemente e iniciou sua viagem rumo ao Brasil. O FPSO será interligado a 17 poços, sendo nove produtores de óleo e oito injetores de água, por meio de infraestrutura submarina composta por dutos flexíveis, umbilicais eletro-hidráulicos e árvores de natal molhadas. A unidade terá capacidade de processamento de 100 mil barris de óleo e 5 milhões de m³ de gás por dia.
O ano de 2025 será ainda marcado pela entrada em operação dos FPSOs Almirante Tamandaré e P-78, ambos instalados no campo de Búzios, no pré-sal da bacia de Santos. As plantas terão capacidade para produzir 225 mil barris/dia e 180 mil barris/dia, respectivamente. Por fim, a Petrobrás também iniciará no ano que vem a operação do FPSO Alexandre de Gusmão, no campo de Mero, com capacidade de 180 mil barris por dia.
Enquanto isso, a companhia deve lançar ainda no segundo semestre do ano uma nova licitação para contratar mais dez barcos de apoio do tipo OSRV. Em abril, a Petrobrás já havia lançado um edital para contratar 12 embarcações de apoio do tipo PSV (Plataform Supply Vessel, Embarcação de Suprimento às Plataformas).
OTIMISMO COM PRODUÇÃO E DECISÃO SOBRE RETORNO À REFINARIA DE MATARIPE
O diretor de Produção e Exploração da Petrobras, Joelson Mendes, declarou hoje (14) que o nível de produção da petroleira em 2024 e 2025 ficará estável em relação ao ano passado. O executivo já havia declarado que a produção só deve retomar o crescimento a partir de 2026, mantendo-se em uma trajetória ascendente até o fim da década. Ele destacou que, apesar da queda verificada no primeiro trimestre, associada a paradas de manutenção, a direção da companhia está otimista com o futuro, observando que a produção de óleo bruto está alinhada com o planejamento da empresa delineado no Plano Estratégico até 2028.
Já o diretor de relações com investidores da petroleira, Sérgio Caetano Leite, afirmou que a Petrobrás prevê que, até o término do primeiro semestre, terá uma visão mais precisa sobre a viabilidade do retorno da companhia à Refinaria de Mataripe. De acordo com ele, durante uma teleconferência com analistas sobre os resultados do primeiro trimestre, os sinais em relação a uma possível retomada da refinaria, atualmente controlada pela Acelen, do fundo árabe Mubadala, são encorajadores. No entanto, as análises ainda estão em curso.
Fonte: Petronoticias
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