
Uma piauiense perdeu R$ 40 mil após acreditar que conversava com o próprio filho, que vive em outro estado. O golpe, conhecido como “familiar em apuros”, é um dos mais comuns registrados atualmente e explora o sentimento de confiança entre parentes.
Segundo informações do Procon, o criminoso não chegou a invadir a conta verdadeira do filho. Ele apenas utilizou a foto dele, associada a um número novo de WhatsApp, e passou a conversar com a mãe, pedindo dinheiro de forma urgente. A vítima, acreditando que se tratava de um problema real, realizou transferências sem questionar a mudança de número.
“O golpista explora o sentimento materno. Os pais sempre querem ajudar os filhos sem pestanejar, e os criminosos se aproveitam disso. Por isso, orientamos que as famílias combinem previamente como vão fazer pedidos de ajuda ou empréstimos. É importante desconfiar de pagamentos que não podem esperar até uma conversa pessoal”, destacou Ricardo Alves, assessor técnico do Procon.
Em agosto, o Piauí registrou 640 boletins de ocorrência de golpes virtuais, onde 127 (cerca de um em cada tipo) foram do tipo “familiar em apuros”. Na prática, os golpistas se passam por filhos, irmãos ou amigos, pedindo transferências para terceiros ou pagamentos de boletos.
Além do uso de fotos retiradas das redes sociais para criar perfis falsos, cresce também o número de casos em que criminosos conseguem invadir contas de WhatsApp por meio de engenharia social, tornando ainda mais difícil identificar a fraude.
O Procon reforça que, em qualquer suspeita, a vítima deve tentar confirmar a informação por outro meio de contato, como chamada de vídeo, antes de realizar qualquer transação financeira.
Fonte: Cidade Verde
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