Nesta terça-feira, a lua aparecerá no céu maior e mais iluminada do que o de costume.
Este fenômeno é chamado de “superlua” e ocorre quando a Lua está cheia e no perigeu, o ponto mais próximo da Terra.
O satélite atingirá essa posição às 6h07 no horário de Brasília, mas a Lua só estará completamente cheia a partir das 12h53.
Neste momento, o satélite parece estar maior por ficar perto do horizonte. Nosso cérebro o percebe desta forma porque há objetos próximos, como edifícios e árvores, com os quais é possível comparar seu tamanho.
O termo ‘superlua’ se popularizou como referência a quando o satélite está em sua fase cheia no ponto mais próximo da Terra
NASA
Esta será a segunda vez que o fenômeno ocorre neste ano, sendo a maior delas – a primeira ocorreu em 21 de janeiro. E não será a última.
No mês passado, o evento foi chamado de “superlua de sangue”, por conta do tom avermelhado que a Lua adquiriu com a ocorrência simultânea de um eclipse total enquanto o satélite estava no ponto mais próximo da Terra. É um fenômeno muito mais raro do que uma superlua “comum”.
A próxima e última superlua de 2019 está prevista para 21 de março.
O que é uma superlua?
“Superlua” não é um termo oficial da astronomia, que se refere a este fenômeno como “lua cheia perigeana”.
O nome “superlua” foi criado em 1979 pelo astrólogo americano Richard Noole para designar “uma Lua nova ou cheia que ocorre quando a Lua chega ou está próxima (pelo menos 90%) de sua maior proximidade da Terra”.
No entanto, o termo se popularizou como uma referência a quando a Lua está cheia nesta posição.
Conforme explica a Nasa, isso ocorre porque o satélite orbita a Terra em uma trajetória elíptica a cada 27,3 dias. Assim, ela se aproxima e se afasta do nosso planeta conforme percorre esse caminho.
Próxima e última superlua de 2019 está prevista para 21 de março
NASA
O ponto mais longe de nós nesta elipse – a 405.500 quilômetros da Terra em média – é chamado de apogeu. Em contrapartida, ela atinge o perigeu quando chega a 363.300 quilômetros de distância em média.
Mas é importante notar que órbita da Lua muda com o tempo, afirma a Nasa, por conta de influência gravitacional do Sol e de outros planetas. Com isso, mudam também seu apogeu e perigeu. No caso desta superlua, seu perigeu será a 356.760 quilômetros de distância.
Quando uma Lua está cheia e no perigeu, ela aparece 7% maior, por sua proximidade da Terra, e 15% mais brilhante – porque reflete mais luz do Sol para a Terra – do que uma lua cheia normal. E pode ficar até 14% maior e 30% mais brilhante do uma “microlua”, como é chamada uma lua cheia no apogeu.
No entanto, a diferença de tamanho e iluminação na superfície da Terra será “imperceptível a olho nu”, segundo a Nasa.
Um efeito mais simples de ser notado será aquele sobre as marés, diz a agência americana, que serão intensificadas pela maior força gravitacional que a Lua exercerá sobre os oceanos.
Fonte: BBC Brasil
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